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Ficha técnica
Título: CLAIÔ
Autor: Mário Rodrigues
Gênero: Romance policial
Ambientação: Garanhuns, Pernambuco, Brasil
Editora: CEPE Editora
Páginas: 312
Lançamento: Quinta-feira, 30 de outubro, Museu do Estado de Pernambuco
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Antônio Claiô – líder comunitário e político em ascensão – é encontrado morto com um tiro no peito. A arma está ao lado do corpo. Tudo indica um suicídio. A morte de Claiô, porém, é extremamente benéfica para a rica família Matta: os oligarcas da cidade. Disputas políticas, jurídicas e financeiras serão resolvidas de imediato com a morte misteriosa do indígena.
Rodrigo Geborte e Ernandes Lima são os policiais responsáveis por fazer a investigação. Rodrigo é um homem culto e depressivo; Ernandes, brincalhão e extravagante. Em busca da verdade, se foi suicídio, se foi assassinato, ambos os policiais mergulham na intimidade da família Matta e nas entranhas da própria cidade, que se torna então uma personagem – e metonímia (a parte pelo tudo) do próprio Brasil.
Genocídio de povos originários levado a cabo por poderosos plutocratas. Especulação imobiliária a despeito de posses ancestrais de terra. Literatura e filosofia como motores para desvendar os mais baixos crimes. Bares solípticos e cheios de hospitalidade; salas de clãs respeitáveis, e cheirando a assassinatos. Vaquejadas espetaculares com sujeitos chucros e milionários. Enfim, a cidade sob uma ótica nunca vista.
Como disse o poeta: “Há sempre um segredo atrás de cada descoberta”. Neste romance policial que se apropria e renova todas as convenções do gênero, encontramos não apenas a investigação sobre um crime, mas a investigação sobre um país. De como suas raízes históricas sempre buscaram nutrientes na chacina de seus povos originários, de seus povos de pele preta, de seus povos “não brancos”.
CLAIÔ é uma palavra de origem iatê, língua falada pelos Fulniô. Significa “não branco”. Era o termo pelo qual os indígenas se referiam ancestralmente ao território onde hoje se encontra a cidade de Garanhuns, Pernambuco, Brasil. Terra fria e alta, como profundas marcas europeias, mas com o DNA calcado na violência e no morticínio. No meio desse cenário, a pergunta se impõe: Quem matou Claiô? Ou melhor: Quem tem matado o Brasil?
